Pim!
Como é que Almada Negreiros matava o Dantas no seu manifesto? Era com um Pim!, não era? Pois bem, Pim! Há algo de expressivamente furioso nesta onomatopeia: embora simples, tem força. Exprime todo o absurdo de um puro e simples desejo de aniquilação, de liquidificação barulhenta e purgatória da personificação de todos os ódios. Sim, no caso do Almada, era o Dantas. Mas aqui, pode muito bem vir a ser você meu amigo! Brindá-lo-emos com um Pim! sempre que se portar mal, que me diz? Vai ver que não doi nada...
Aliás, começo já por dar o exemplo, e atribuo-me um Pim!, pela simples parvoíce de me ter lembrado de escrever sobre isto!
(oops, I've been Pim!ed...)
Aliás, começo já por dar o exemplo, e atribuo-me um Pim!, pela simples parvoíce de me ter lembrado de escrever sobre isto!
(oops, I've been Pim!ed...)
2 Comments:
Olha que não sei, acho que é muito discutível.
O Pum também não foi mal conseguido de todo...
Pessoalmente gosto da simplicidade quase pueril mas implacavelmente incisiva do "Pum! pim! o Dantas cheira mal da boca".
Não sei porquê é a minha frase preferida. É que, a ver bem, chamarem-nos filhos desta ou daquela ainda vá, que viramos a cara e pronto, nem é nada connosco; agora, que cheiramos mal da boca??, isso não pode ser.
E é por isso que eu gosto do manifesto, por remeter para a possibilidade da irritação, da afecção genuína, como quando nos chamavam nomes simples na infantil e isso nos fazia ir a correr atrás do imbecil com lágrimas de raiva nos olhos.
Esse Almada era um senhor!! Sabia fazer nhanhanhanhaaammm...
Um senhor? Um senhor era o Dantas, que leu aquilo tudo e não lhe enfiou o manifesto por nenhuma das possíveis portas de acesso ao interior do corpo humano que o nosso dispositivo vivente disponibiliza, eheh.
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