quarta-feira, dezembro 17, 2008

O Papel do Estado

O Estado português tem ao seu dispor, em tempos de crise, uma ferramenta a que chamamos em economia "estabilizadores automáticos". Fazem parte desta família o subsídio de desemprego ou os abonos de família, para dar dois exemplos. Esta ferramenta reage automaticamente porque com a crise aumenta o desemprego e com este aumenta o número de beneficiários de subsídios de desemprego. É estabilizador porque permite a quem perdeu o seu trabalho manter níveis de consumo semelhantes e, num mundo ideal, procurar novas competências.

Posto isto venho desta forma revoltar-me contra a intervenção do estado na economia! Não, não sou um Neoclássico ou Liberal a demonstrar o meu desagrado pelo atentado à teoria económica dominante. Pelo contrário, este socorro intervencionista a uma teoria que abomina o intervencionalismo já irrita! Desejo ver a economia de mercado, assente num sector financeiro protegido, a desmoronar-se, posso???

O estado português está a ajudar bancos qu,e como bem sabemos, é um negócio que tem dificuldades em gerar dinheiro (!) servindo de grande ajuda ao povo em tempos de crise. Comparo os bancos ao Sr. Francisco, que tinha um Super Mercado em Carrazeda de Ansiães e que permitia aos clientes frequentes deixar na "conta" para pagarem quando mais lhes fosse conveniente…