Continuamos a ser os melhores, ou não?
Quando se está quase a fazer uma coisa, se não se a faz por opção, é tão bom como se a tivéssemos feito, ou não? Imagine-se que se tem um objectivo de difícil execução. Propomo-nos a nós próprios cumpri-lo, e o caminho é árduo. Lutamos, lutamos, lutamos. Saltamos muros e quebramos barreiras. E de repente, eis-nos frente a ele, face a face. As barreiras estão todas ultrapassadas, e a única coisa que nos falta é mesmo arrebatá-lo. Aquilo que nos acontecerá não escapará ao controlo da nossa decisão: será tudo tão simples como tomá-lo ou não. Pois bem, se não o fizermos, quando tínhamos tudo ao nosso alcance para o fazer, não será isso tão válido como tê-lo feito? Quer dizer, já provámos, durante o árduo caminho, que o podíamos fazer. Não era impossível. Estávamos frente a ele, era só tomá-lo. Não o fazendo, será a nossa vitória menos válida? Bem sei, vivemos num mundo fáctico e só o que conta mesmo é aquilo que fazemos, ninguém se lembra do caminho se não chegarmos à meta. Mas porra, não poderemos ser enfants terribles que decidem dar meia volta, só mesmo para chatear? Ou se calhar para não nos fartarmos do objectivo, uma vez que ele tenha sido tomado... já que como já se sabe, só estou bem ou não estou e só quero aquilo que não tenho... se não tiver aquilo que poderia ter, ao menos poderei continuar a idealizá-lo, sabendo que o poderia ter tido, e não me fartarei dele. E isto é tudo para dizer, que se quiséssemos tinhamos ganho a taça Uefa :p
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