Prioridades
Portugal é um país cheio de necessidades, é importante para nós definir o que é realmente importante para o desenvolvimento.
Quem me conhece sabe que, para mim, a educação e informação são a melhor forma de potenciar o crescimento. Mas não posso ignorar que o betão seja apontando permanentemente como o principal motor económico e como medida contra cíclica por excelência.
Na minha opinião é irresponsável um estado agir como uma criança pequena que quer tudo o que os seus amigos têm, quero com isto dizer que, não faz qualquer sentido, perante a nossa situação económica, querermos apressar projectos porque os nossos vizinhos ricos (falo da EU a 15) os tenham bastante adiantados. Se quando somos pequenos ponderamos cada passo de forma minuciosa porque com menos de um ano de vida sabemos daquilo que ainda não somos capazes, porque será que pessoas adultas são negligentes quando governam um país? É simples pensar que existem prioridades que exigem o nosso sacrifício e trabalho porque temos plena noção que a nossa vida melhora com isso. Mas há também muitos projectos que não devem ser apressados, devemos esperar pelo tempo certo de fazer as coisas. Se não posso fazer X hoje, vou fazer Y hoje para criar condições para poder fazer X amanha.
Economicamente temos duas opções para uma compra: endividar-me hoje e pagar juros além do preço; ou poupar hoje capitalizando as minhas poupanças de forma a comprar o mesmo com menos investimento inicial. Analisando este conceito podemos ter um raciocínio simples: Se for comprar uma casa não vou poupar durante 10 ou 15 anos, porque a par disso vou estar a pagar uma renda (tenho que ter onde morar), logo, é vantajoso pedir emprestado (supondo que os juros são inferiores ao preço da renda potencial ao longo dos 10 ou 15 anos); por outro lado, para comprar uma segunda casa (casa de férias), temos de sentir algum desafogo financeiro, que pode ter vindo de uma poupança anterior e de um incremento dos rendimentos.
Para comprar uma casa de ferias esperamos algum tempo para poder realizar poupança e eventualmente valorizar-nos profissionalmente de forma a auferir maiores rendimentos.
Transportando isto para os investimentos do estado, posso dar um exemplo simples: é essencial para um país ter vias de comunicação (estradas, pontes, etc.), mas a qualidade dessas vias pode não ser prioridade. Uma estrada nacional, bem ou mal, permite deslocamentos de um lado para outro que mantêm a economia em funcionamento. Esta será a nossa 1ª casa, essencial a nossa vida. Por outro lado uma auto-estrada é um luxo que se paga caro. Se nós ponderamos bem a compra da casa de ferias, um estado deve ponderar bem quando decide fazer uma auto-estrada, pois esta já não é essencial à economia e terá custos no futuro que devem ser muito bem analisados.
Fazer a construção certa no momento certo parece daquelas coisa que não se pode pedir a ninguém, mas quando se fala de milhares de milhões de EUROS no mínimo exigimos que se seja competente e que não se cometam erros. Estes milhões serão pagos por nós e por aqueles que viram depois, para serem mal utilizados, mais vale que sejam canalizados para sectores que realmente fazem falta desenvolver.
Construir não é mau, o que é mau é não ter a noção daquilo que estamos a abdicar para construir.
Quem me conhece sabe que, para mim, a educação e informação são a melhor forma de potenciar o crescimento. Mas não posso ignorar que o betão seja apontando permanentemente como o principal motor económico e como medida contra cíclica por excelência.
Na minha opinião é irresponsável um estado agir como uma criança pequena que quer tudo o que os seus amigos têm, quero com isto dizer que, não faz qualquer sentido, perante a nossa situação económica, querermos apressar projectos porque os nossos vizinhos ricos (falo da EU a 15) os tenham bastante adiantados. Se quando somos pequenos ponderamos cada passo de forma minuciosa porque com menos de um ano de vida sabemos daquilo que ainda não somos capazes, porque será que pessoas adultas são negligentes quando governam um país? É simples pensar que existem prioridades que exigem o nosso sacrifício e trabalho porque temos plena noção que a nossa vida melhora com isso. Mas há também muitos projectos que não devem ser apressados, devemos esperar pelo tempo certo de fazer as coisas. Se não posso fazer X hoje, vou fazer Y hoje para criar condições para poder fazer X amanha.
Economicamente temos duas opções para uma compra: endividar-me hoje e pagar juros além do preço; ou poupar hoje capitalizando as minhas poupanças de forma a comprar o mesmo com menos investimento inicial. Analisando este conceito podemos ter um raciocínio simples: Se for comprar uma casa não vou poupar durante 10 ou 15 anos, porque a par disso vou estar a pagar uma renda (tenho que ter onde morar), logo, é vantajoso pedir emprestado (supondo que os juros são inferiores ao preço da renda potencial ao longo dos 10 ou 15 anos); por outro lado, para comprar uma segunda casa (casa de férias), temos de sentir algum desafogo financeiro, que pode ter vindo de uma poupança anterior e de um incremento dos rendimentos.
Para comprar uma casa de ferias esperamos algum tempo para poder realizar poupança e eventualmente valorizar-nos profissionalmente de forma a auferir maiores rendimentos.
Transportando isto para os investimentos do estado, posso dar um exemplo simples: é essencial para um país ter vias de comunicação (estradas, pontes, etc.), mas a qualidade dessas vias pode não ser prioridade. Uma estrada nacional, bem ou mal, permite deslocamentos de um lado para outro que mantêm a economia em funcionamento. Esta será a nossa 1ª casa, essencial a nossa vida. Por outro lado uma auto-estrada é um luxo que se paga caro. Se nós ponderamos bem a compra da casa de ferias, um estado deve ponderar bem quando decide fazer uma auto-estrada, pois esta já não é essencial à economia e terá custos no futuro que devem ser muito bem analisados.
Fazer a construção certa no momento certo parece daquelas coisa que não se pode pedir a ninguém, mas quando se fala de milhares de milhões de EUROS no mínimo exigimos que se seja competente e que não se cometam erros. Estes milhões serão pagos por nós e por aqueles que viram depois, para serem mal utilizados, mais vale que sejam canalizados para sectores que realmente fazem falta desenvolver.
Construir não é mau, o que é mau é não ter a noção daquilo que estamos a abdicar para construir.
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