segunda-feira, novembro 30, 2009

O fim de Portugal

Sou um optimista, apesar do título poder dizer o contrário, mas vejo nos traços actuais do nosso país características de algo moribundo. Não me preocuparia ter um défice elevado, 10% de desemprego e uma carga fiscal elevada se, apesar disto tudo, a classe que nos governa fosse transparente e competente. Isto porque com transparência podemos partilhar responsabilidades e riscos e criar um caminho comum.
Hoje somos governados por incompetentes. Esta pequena frase nunca me fez tanto sentido como agora. Apenas depois da apresentação do Orçamento “Redistributivo” dei conta do embuste político que é o nosso Governo. E sim, sou inocente ao ponto de ter pensado que o défice este ano estaria abaixo das previsões internacionais. Começando no nome dado ao orçamento, tentando tirar clareza ao que se está a fazer para que a opinião pública se focasse na discussão do nome dado ao novo orçamento em vez de se centrar no seu conteúdo. Mas este governo não é apenas incompetente por isto, é incompetente porque é incapaz de negociar com a assembleia da república. Os deputados da oposição estão a ser mais governo que os deputados do PS. A competência de um deputado mede-se quando há maiorias relativas e quando os argumentos devem realmente convencer os outros, e aí o partido do governo tem mostrado que não está ao nível do país que o elegeu.
Somos mal governados, é um facto e já acontece desde que eu me conheço como gente. A única diferença é que acabou a margem de manobra. Andamos a ser enganados por um grupo de cretinos que utilizam o estado para acumular fortuna pessoal. As ligações das empresas ao estado são de tal forma estreitas que já não existe iniciativa privada em Portugal.
Precisamos de mudar, mas ainda não sei de onde virá a mudança!