Quem tem medo do lobo mau?
Ridendo Castigat Mores. De todas as demonstrações possíveis de humor, a ironia é aquela que, sendo mais subtil, é a mais poderosa. Revela inteligência e superioridade, afastamento crítico e, por vezes, uma capacidade brutal de destruição.
Pode o humor ser "perigoso"? Certamente. Estamos todos perdidos quando nos apercebemos que não importa o quão séria seja a nossa afirmação ou argumento, já que pode ser sempre respondida com uma sonora gargalhada. Será isso mau? Now, that's a tricky question...
Será que vivemos numa sociedade humorística? Talvez. Será isso mau? Não. Definitivamente, não o é. Quem é que, historicamente, teve medo do poder devastador do riso? Alguns eminentes defensores medievais da religião de Cristo, por exemplo. A propósito disto veja-se o mundialmente famoso Nome da Rosa de Umberto Eco. Numa ditadura o humor é seriamente controlado através de todos os meios de repressão possíveis e imaginários, do lápis azul à pura e simples paulada.
Numa sociedade democrática, a liberdade é esticada até limites menos abafantes, e a tirada humorística circula livremente. É certo que isso leva por vezes a uma falta de critério. É também por isso que uma sociedade como a nossa aceita igualmente humor inteligente como o que é feito pelo pessoal do Gato Fedorento e humor mais estúpido, como o do Fernando Rocha. Mas a questão é: ter-se-á tornado o humor o critério de aceitação de uma tese?
Nalguns meios, sim. Em abono da verdade, talvez quase em todos, nuns mais do que noutros, numa gradação fina de percentagens variáveis. Na stand-up comedy valerá uns 70%, o resto é boa publicidade. No PP valerá talvez 99%, embora eles ainda não se tenham apercebido do facto.
Um último parágrafo para os riso-excluídos. Como todo o critério de valorização que se impõe, também este tem os seus excluídos, os seus indivíduos à margem do sistema, cuja primeira e instintiva reacção quando da sua condição se apercebem é questionarem a própria justiça e pertinência do sistema. Também a risomania tem os seus riso-excluídos. Quanto a estes que fazer? Nada. A utilização do humor sempre foi a melhor estratégia para criticar um sistema. Temos Pena, FEBC. Muahhahahahahahahahahaha
Pode o humor ser "perigoso"? Certamente. Estamos todos perdidos quando nos apercebemos que não importa o quão séria seja a nossa afirmação ou argumento, já que pode ser sempre respondida com uma sonora gargalhada. Será isso mau? Now, that's a tricky question...
Será que vivemos numa sociedade humorística? Talvez. Será isso mau? Não. Definitivamente, não o é. Quem é que, historicamente, teve medo do poder devastador do riso? Alguns eminentes defensores medievais da religião de Cristo, por exemplo. A propósito disto veja-se o mundialmente famoso Nome da Rosa de Umberto Eco. Numa ditadura o humor é seriamente controlado através de todos os meios de repressão possíveis e imaginários, do lápis azul à pura e simples paulada.
Numa sociedade democrática, a liberdade é esticada até limites menos abafantes, e a tirada humorística circula livremente. É certo que isso leva por vezes a uma falta de critério. É também por isso que uma sociedade como a nossa aceita igualmente humor inteligente como o que é feito pelo pessoal do Gato Fedorento e humor mais estúpido, como o do Fernando Rocha. Mas a questão é: ter-se-á tornado o humor o critério de aceitação de uma tese?
Nalguns meios, sim. Em abono da verdade, talvez quase em todos, nuns mais do que noutros, numa gradação fina de percentagens variáveis. Na stand-up comedy valerá uns 70%, o resto é boa publicidade. No PP valerá talvez 99%, embora eles ainda não se tenham apercebido do facto.
Um último parágrafo para os riso-excluídos. Como todo o critério de valorização que se impõe, também este tem os seus excluídos, os seus indivíduos à margem do sistema, cuja primeira e instintiva reacção quando da sua condição se apercebem é questionarem a própria justiça e pertinência do sistema. Também a risomania tem os seus riso-excluídos. Quanto a estes que fazer? Nada. A utilização do humor sempre foi a melhor estratégia para criticar um sistema. Temos Pena, FEBC. Muahhahahahahahahahahaha
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